Uma Anti-IA no Armário
Na verdade, este armário tem a porta entreaberta; sempre que falo do tema não consigo abster-me de referir as conhecidas alucinações, o consumo desmedido de água e eletricidade, ou as eventuais perdas de postos de trabalho para esta tecnologia.
Mas, recentemente, tenho-me sentido uma minoria em todas as conversas que viram para a Inteligência Artificial.
Se consigo admitir as vantagens de ter mais uma ferramenta que nos permita reduzir em mais de metade o tempo despendido em tarefas corriqueiras, seja no tratamento de dados ou na elaboração de apresentações, não aceito que se ignorem questões tão fundamentais quanto a segurança da informação utilizada ou a possibilidade da super-inteligência artificial ser implementada sem regulamentação. Esta última questão está, inclusivamente, a ser levantada por indivíduos que sabem do que falam: https://journal.hitrecord.org/p/why-build-an-ai-thats-smarter-than
Acontece que, para onde quer que olhe, há pessoas a utilizar estes LLM's para problemas do dia-a-dia ou a fazer formações sobre o tema ou a implementar a sua utilização no estudo ou no trabalho e dou por mim a morder a língua e a acenar a cabeça como se estivesse a ponto da conversão.
Não é por uma questão de princípio que sou anti-IA; tal como passei a utilizar calculadoras e computadores e telefones androides e não me vejo a voltar atrás, também aceito que esta tecnologia chegou para ficar e tem tudo para nos vir a alterar a vida de formas nunca antes imagináveis. Agora, se isso será algo inteiramente positivo, só dependerá de nós.
No entretanto, e enquanto o puder fazer, vou-me mantendo virgem de ChatGPT's e afins.
