Quem nunca cometeu uma pequena gafe perante uma prescrição médica escrita à mão que atire a primeira pedra.
Era a primeira vez que eu via aquele nome comercial (sem principio ativo, (...)
Durante os meus anos como rapariga da farmácia, apanhei de tudo: um senhor que, acabado de vir da hemodiálise, pintou o chão de vermelho enquanto aguardava na fila pelos remédios do costume; (...)
Ao que parece, eu fazia demasiadas perguntas ao balcão.
Sim, porque o utente é ignorante; sabe lá a diferença entre tosse seca ou produtiva. Pelo que, era sobre mim que recaía a (...)
Do alto da confiança que os meus 17 anos me traziam, eu achava que sabia tudo o que havia para saber sobre a vida; relações interpessoais são melhores quando evitadas, boa música era, (...)
Durante alguns dias, naquele ano, acordei a pensar no armário dos medicamentos de outra pessoa; provavelmente, uma gaveta da cozinha onde, juntamente com a medicação habitual, ela deixou as (...)
“Era uma caixa de Felicidade, se faz favor. Das maiores que tiver.”
Se o dinheiro, efetivamente, comprasse felicidade, era ver a malta em romaria à farmácia para adquirir a sua dose (...)
Não bastavam já os xaropes para a tosse que tornaram obsoleta a questão do “é seca ou com expetoração,” agora parece que os dois analgésicos mais populares da escola decidiram juntar (...)
Quem tem prioridade de atendimento tem o direito de a pedir e o dever de esperar que lha deem. O que, basicamente, significa que muito pouca gente se sente à vontade para, de facto, “furar a (...)
Não sei que homens serviram de modelo para as marcas de preservativos comercializadas no nosso país, mas, seguramente, não eram Portugueses. Caso contrário, todas elas disponibilizariam ao (...)
“Nasci em mil nove e setenta e cinco, tendo visitado as urgências pela primeira vez após uma queda de um aquecedor a óleo, ao qual subi para alcançar uma boneca, que nem era a minha (...)