RIP em Paz
Durou mais do que o esperado (seis meses, para quem tem uma esperança média de vida de três, não é mau) e teve uma vida mais carregada de ação que um filme do Bruce Willis dos anos 90.
A escova de dentes do meu pai foi uma heroína; aguentou três escovagens por dia com uma força de p’ra cima de muitos Newton's - se a Físico-Química do meu 10º ano não me falha – e ainda terminou os seus dias com um risco ao meio todo cheio de estilo.
Tenho dúvidas que os dentes dele tenham ficado mais bem lavados e aposto que as gengivas têm várias queixas-crime prontinhas a dar entrada no Tribunal Oral de Lisboa e Vale do Tejo, mas, infelizmente, sei que a próxima vítima vai ter exatamente o mesmo destino.
No entretanto, se, com este post, eu conseguir que, ao menos, alguns “criminosos” deixem de abusar das suas escovas de dentes manuais, já me dou por satisfeita.
É que escovar os dentes não é um exercício de força, mas de jeito. São dois minutos a repartir irmãmente pelos diferentes quadrantes e, durante os quais, devemos tentar escovar todas as superfícies expostas dos dentes. E é isto.
Agora, pr’a quem escovar os dentes soar sempre a uma punição por um crime que não cometeu, talvez valha a pena investir numa escova elétrica.
Imagem: Inês Reis