Rapaz Conhece Rapariga (no Natal)
Está aberta a época dos filmes românticos de Natal!
E há-os para todos os gostos; para quem quer ver dois desconhecidos de classe média a apaixonarem-se numa pequena cidade do interior durante a época festiva, para quem gosta de histórias de amor entre ex-namorados de classe média que se reaproximam durante as férias de Natal de volta à sua cidade natal, e até mesmo para os que apreciam romances passados entre cafés e casas de família espetacularmente decorados e onde os protagonistas de classe média descobrem os seus sentimentos debaixo do azevinho.
Ok, o sarcasmo pinga do parágrafo acima qual esgoto de ar condicionado virado para um passeio movimentado: de forma descarada e, simultaneamente, envergonhada.
Porque, sim, sou rapariga para ver uns quantos, mas não para o admitir em público. (Digo, onde sou conhecida como mais do que uma cadelinha de chapéu às riscas.)
As histórias são previsíveis, e, frequentemente, aborrecidas, e os atores, por melhores que sejam, não conseguem fazer milagres com o diálogo que lhes apresentam, contudo, todavia, porém, estes filmes continuam a ser produzidos porque, bem, porque têm audiência.
É tão simples quanto isto.
Pessoalmente, gosto de saber que o final feliz é garantido e que posso desligar o cérebro por uma hora e vinte e chegar ao outro lado com uma sensação de leveza que o mundo real faz trinta por uma linha para me roubar.
Se os há que me deixam danada por ter perdido o meu serão a ver palha? Há, sim senhora. Mas, frequentemente, consigo identificá-los ali ao minuto 15 e abandoná-los ainda a tempo de escolher outra história para onde viajar.
E que venham de lá as moças e moços de corpo perfeito e cabelos impecáveis que a gente agradece!