Porque inventa uma mulher um namorado?
Ouvi há tempos dizer que será porque é mais fácil um estranho respeitar um namorado inventado que um "não" de uma mulher.
Uma mulher abordada por um homem que não saiba aceitar uma rejeição recorre, frequentemente, à estratégia de se dizer comprometida para tentar afastar os avanços do fulano e, ainda assim, tem a sua tentativa frustrada, mais vezes do que gostaria.
Porque, não, não se está a "fazer de díficil" ou a testar o interesse do "pobre" rapaz. Nove vezes em dez, apenas não se sente atraída pelo indivíduo ou, pior, está, genuinamente, desconfortável com a sua presença e o medo de que a situação possa escalar não pode nem deve ser ignorado.
"Mas é preciso ser malcriada?"
Em primeiro lugar, um "não" por si só não é falta de educação e depois qualquer mulher pode confirmar que um sorriso educado é, bastas vezes, mal interpretado, também.
"Se não estava interessada, então, porque é que me estava a sorrir?"
Nunca conseguimos ganhar. Mas não é o nosso comportamento que tem de mudar.
Normalize-se aceitar uma rejeição sem que isso signifique uma ofensa pessoal que precisa de ser vingada. Nem todas as pessoas por quem nos sentimos atraídos vão reciprocar o sentimento e está tudo bem. O que não é aceitável são todos os atos de cavaleiro da Idade Média acusado de desonra a que assistimos diariamente e que, vira e mexe, acabam nas primeiras páginas dos jornais.