Placebo, o Efeito Não a Banda
Considera-se um placebo qualquer substância ou procedimento inerte que provoque algum tipo de efeito, positivo ou negativo, nos indivíduos a quem é administrado.
A esta altura do campeonato, já muitos de nós levámos, pelo menos, uma dose da vacina contra a COVID ou conhecemos alguém que tenha levado; sendo já todos muito bem versados nos possíveis efeitos secundários.
Que atire a primeira pedra quem não sentiu uma dorzita de cabeça fantasma ou uns arrepios de frio pseudo-febris, momentos depois da pica.
E é certo que estes falsos sintomas são só “coisas da nossa cabeça,” mas, para quem os experimenta, parecem bem reais.
No entanto, é por esta mesma razão que alguma malta diz sentir um alívio da sua dor de cabeça depois de tomar uma cápsula de água com açúcar (que pensa ser um remédio, claro).
A verdade é que a nossa crença na validade de um tratamento ou medicamento é meio caminho andado para que o mesmo resulte. E se há situações em que o placebo tem uma função bem definida e necessária, como nos estudos duplamente cegos de novos fármacos, outras há em que os pacientes são levados a tomar coelho por medicamento.
É exatamente por isto que ninguém nunca me conseguirá convencer que sucessivas diluições de uma solução aquosa façam potenciar o efeito terapêutico de uma qualquer substância ativa. Desculpa lá qualquer coisinha, homeopatia.
Imagem: By Rego Korosi - candies, CC BY-SA 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=34912057