Perder os Três e a Paciência
Aos dezassete, com preservativo, no banco de trás dum Opel Corsa de 92.
Não, não é a história da minha primeira vez, nem vos vou pedir que contem vossa, mas foi a essência das conversas que habitaram a minha tarde de sábado.
Revelavam-se as idades das respectivas "primeiras vezes" e faziam-se apostas sobre quem teria sido o mais precoce.
Mas de que primeira falariam? Da vez em que experimentaram um linguado? Sexo oral?
Não, era, obviamente, a primeira vez que tinham feito sexo penetrativo.
Como se a estimulação manual ou a "ação por cima da roupa" não obtivessem os mesmos resultados, ou até melhores.
Mas o conceito de virgindade ainda está muito enraizado na nossa cultura e uma boa rapariga - sim, são ainda as mulheres que carregam o peso da decência humana nos ombros - não se "deixa enganar" pelo primeiro ou primeira que aparece.
A história do hímen que "rompe" dava outro texto - muito mais longo - mas fiquemo-nos por aqui antes que eu me enerve e estrague a semana a mim e a quem me lê.