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Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

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24 de Fevereiro, 2025

Os Bons Velhos Tempos

Inês R.

Cada geração tem a sua versão, que considera a definitiva e defende até à morte (leia-se cancelamento nas redes).

Nos "bons velhos tempos" da malta da minha idade andava-se de carro sem cintos de segurança, uma adolescente podia ir comprar um SG Gigante para o pai (porque lho vendiam!), uma grande parte das mulheres adultas era "dona de casa" ou "mulher a dias," e o conceito de saúde mental só existia no dicionário.

Se tenho boas memórias da minha infância - que as tenho - não faço delas uma bandeira e muito menos considero que a evolução das sociedades seja algo, intrinsecamente, negativo.

Posso olhar para o mundo que me rodeia e apontar todos os problemas que o afetam (que são muitos e variados!) e, ainda assim, celebrar todas as vitórias que alcançámos enquanto espécie.

Porque nos bons atuais tempos um seropositivo pode viver décadas com uma carga viral tão baixa que não é infecciosa, a violência doméstica e o abuso sexual de menores são crimes públicos, há mais mulheres no ensino superior do que homens, e qualquer pessoa com um telemóvel e uma ligação à internet pode tentar seguir os seus sonhos.

Portanto, não, não precisamos de "tornar os tempos bons, de novo," apenas temos que tentar que sejam melhores.

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