O Mistério do Pólen Maldito
O pólen saiu à rua.
O pólen saiu à rua e deixou um rasto de amarelo por todo o lado; nos carros, nos parapeitos das janelas e nas narinas dos demais.
É a garganta que arranha, o nariz que pinga; há tosse, espirros e olhos a lacrimejar, e a ressaca dos anti-histamínicos e das noites por dormir.
Se ao menos houvesse um herói que fizesse frente a este vilão...
Um defensor dos fracos e imunodeprimidos, com experiência na proteção de bocas e narizes; num tecido branco ou azulado e um elástico mais ou menos apertado, que pudessemos levar à rua, nos dias e sítios mais complicados.
Mas, não, não me ocorre nada que possa ajudar... E agora resta à malta sofrer horrores à conta dum problema que não tem, mesmo - mas mesmo! - forma de evitar.