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Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

29 de Janeiro, 2024

Final Feliz Garantido

Inês R.

Ou a razão pela qual eu gosto de comédias românticas (e certos homens leem os clasificados do Correio da Manhã).

É que eu aprecio, verdadeiramente, saber que aquela personagem "focada na carreira" e a outra "que não está à procura de amor" vão conhecer-se por acaso e, apesar de não fazerem grande sentido como casal, vão (eventualmente) perceber que são perfeitas uma para a outra e "viver felizes para sempre".

Certo, preciso que a história - que já foi contada, literalmente, milhares de vezes - seja apresentada de forma original, que os atores sejam capazes, e que o guião esteja bem escrito, mas, de resto, que venham de lá esses clichés!

Agora, se me torcerem o braço, direi que a minha irritaçãozinha de estimação são as histórias cujo conflito depende exclusivamente de mal-entendidos. Sabem, quando todo o argumento deixaria de fazer sentido se os protagonistas simplesmente tivessem uma conversa?

"Porque é que me odeias?"

"Eu não te odeio. Tu é que me detestas."

"Não. Eu sempre gostei de ti!"

"Olha, eu, também!"

Fim

Ainda assim, sou rapariga para admitir que não há grandes exemplos recentes de boas rom-coms, apesar de ter gostado bastante de Bros, mas quem nunca viu um When Harry Met Sally ou um Notting Hill que atire a primeira pedra.

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