Feliz Segunda-Feira!
Solteirona.
Ficou pra tia.
Ninguém lhe pega.
Ou, nas sábias palavras dos Gato Fedorento: É esquisita, a gaja.
Já bem depois dos trinta e sem anilha no dedo não pode ser por opção. Principalmente, quando todos à sua volta parecem estar a planear o segundo filho e/ou o primeiro divórcio.
Mas a verdade é que nem todas queremos casar (ou gastar uma fortuna num dia esgotante que passa numa vertigem de flashes de máquina fotográfica e arroz - perdão, pétalas de flores, que o desperdício de arroz é uma afronta a quem não tem de comer, perpetrada pelos convidados de uma boda com 5 pratos ao almoço e 6 horas de copo d’água) ou, mesmo, partilhar a vida com outra pessoa.
Algumas de nós sabem que romances à Hollywood só acontecem nos filmes e que, na vida real, há que haver compromisso para que uma relação resulte. Mas, principalmente, que há malta que não se quer comprometer com ninguém e, ainda assim, se vê a provar bolos de noiva, aos sábados à tarde, entre visitas a floristas e provas de vestidos.
A somar à pressão que colocamos a nós próprias, há todo um conjunto de familiares, amigos, conhecidos e completos estranhos que se sentem no direito de questionar as nossas escolhas – ou falta delas – sobre o que circunda o nosso anelar esquerdo ou habita o nosso útero.
Mas se não tenho absolutamente nada contra o Dia de São Valentim – vá lá, malta, é só um dia, mais ou menos, fofo pra quem tem parceiro romântico – este dia 14 é para mim, apenas e só, uma segunda-feira como outra qualquer.
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