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Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

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Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

28 de Outubro, 2024

Falácia do Espantalho

Inês R.

*e, não, não é um ataque pessoal, mas antes um tipo de raciocício que parece lógico e verdadeiro mas que acaba por se revelar falso.

"Não é aceitável que um agente da autoridade se sinta no direito de atirar a matar num cidadão que não lhe deu razão nenhuma para isso."

"Havia de ser uma coisa esperta, se não houvesse polícia e os criminosos pudessem fazer o que bem entendessem."

Diz-se que, quando um argumento é, propositadamente, mal interpretado e essa distorção é depois usada para o ridicularizar, estamos perante uma Falácia do Espantalho.

A primeira afirmação não indica, de forma alguma, o desejo de acabar com o policiamento da comunidade, mas antes que este seja feito de forma responsável. Estamos a falar de profissionais que lidam com situações, potencialmente, muito perigosas, sim, no entanto, há que garantir que saberão merecer a confiança de carregar armas de fogo no cumprimento do seu dever.

Já o contra-argumento apresentado escolhe, deliberadamente, extrapolar que a ideia por detrás da afirmação é acabar com toda e qualquer forma de policiamento - que se as forças de segurança não puderem fazer o seu trabalho, então, estão a ser tornadas redundantes.

E isto acontece quando o opositor não encontra um ângulo para refutar a afirmação inicial. 

Neste caso, porque não existe ninguém que consiga discordar da premissa de que matar inocentes não está certo e, há, por isso, que a interpretar de uma forma, digamos, mais criativa.

A consequência foi uma incitaçãozinha à violência escondida numa mensagem de inclusividade, ou um All Lives Matter à moda do Ventura.

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