Etiqueta para Veraneantes
Ditam as regras da boa educação que se saiba usar um "por favor" e um "obrigado," que se tenha respeito aos mais velhos, que se peça desculpa quando a situação o exige, e que se contacte familiares, amigos e conhecidos sempre que um incêndio ameace a zona onde habitam.
Infelizmente, nos últimos anos, passou a ser uma constante nas nossas vidas; começa a "época dos incêndios" e, assim que as temperaturas sobem, é ver os noticiários nacionais a abrir com reportagens em direto de todos os pontos do país afetados pelo flagelo dos fogos florestais.
E se entendo a necessidade de reportar informações importantes - como alertas de evacuação ou de encerramento de determinadas estradas - devo confessar que me escapa a utilidade de entrevistar indivíduos em pânico que, de balde na mão, tentam salvar os seus pertences das línguas de fogo que se aproximam em fúria.
Mas o que me trouxe aqui não foram os faux pas do jornalismo sensionalista; antes a vontade de partilhar uma sugestão que, por experiência própria, raramente é mal recebida: uma palavra amiga num momento de aflição ajuda sempre.
Não digo que se insista até que nos atendam a chamada - e muito menos que se exijam respostas - mas uma pequena mensagem de apoio mostra que estamos disponíveis para o que for preciso ou simplesmente que compreendemos e simpatizamos com o que estas pessoas estão a passar.
Como não me parece que precise de reforçar os (mais que reiterados) conselhos para um verão sem eventos destes, aqui fica a minha pequena recomendação: que sejamos todos um bocadinho mais humanos.