Era Uma Vez A Páscoa
A primeira vez que questionei a minha religião foi quando soube que o Papa João Paulo II tinha condenado o uso do preservativo numa visita a Africa, numa altura em que o vírus da SIDA devastava o continente.
A segunda foi nas vésperas de uma Páscoa, quando descobri que o jejum pedido durante a Quaresma podia ser evitado a troco de uma oferenda feita à Igreja.
Depois de uma luta pessoal de anos, deixei a religião católica aos 19 e estou em paz com essa decisão desde então.
A moralidade não é exclusiva da religião.
No entanto, vivo numa sociedade maioritariamente católica – incluindo família e amigos – pelo que dou por mim, frequentemente, em igrejas, para casamentos, baptizados e funerais, ou a responder no banco ou no supermercado “obrigada e boa Páscoa para si também”.
Não ando a pregar o “ateísmo;” simplesmente, respeito a fé de todos e apenas peço que respeitem a minha decisão, também.
E como sou grande fã de chocolate, não me importo que venha em forma de coelho ou ovo gigante.