Entre Cinco Minutos e Um Ano
Então, estamos quase no Natal e ninguém me dizia nada?
Escutem, ainda ontem foi janeiro, mas hoje é abril, o que significa que é um saltinho até agosto e depois de agosto vem o quê? Pois é, o Natal.
Mas, ao mesmo tempo, aqueles sessenta minutos antes da hora de saída do trabalho parecem sempre demorar dois anos a passar e envelhecer-me três.
Já as (nunca) oito horas que passo a dormir sabem sempre a pouco e serão o mais parecido que alguma vez teremos com as viagens no tempo fora da ficção científica – a sério, convençam-se disso.
Agora, como é que as duas semanas que faltam para eu ir de férias se andam a arrastar há séculos, mas, assim que as ditas começarem, vão passar tão rápido quanto uma noite de copos que, pelas fotografias, parece ter sido fixe mas, na prática, só me deixaram uma dor de cabeça como lembrança?
Gostava de dizer que é magia, mas, na verdade, é só a inconstância do tempo aliada à curiosa natureza humana que nos “aflige” a todos.
E ainda bem que é assim.