Ensinar Ponto e Vírgula
Eu não vou ensinar ninguém, até porque ainda ando a aprender. Queiram, desde já, desculpar o meu abuso das vírgulas e o ocasional ponto e vírgula mal colocado.
Mas vou aqui partilhar os truques que aprendi na esperança que a malta partilhe os seus.
Foi a mesma professora que me explicou a diferença entre “inclusive” e “inclusivamente” que me ensinou a “regra” que eu faço por seguir na minha escrita:
Para além de quando se está a fazer uma enumeração ou uma introdução, as vírgulas são para usar aos pares e as palavras que ficam entre vírgulas devem poder ser retiradas sem que a frase perca o seu sentido.
Um exemplo:
“Olha-me esta aqui, que mal sabe juntar duas frases, a querer ensinar a malta!”
Como podem ver, se o bocado que está entre vírgulas for apagado, a frase fica menos engraçada, certo, mas continua a fazer sentido.
Aprendi depois que uma vírgula ajuda também a separar duas ideias numa frase mais comprida, e que, geralmente, antecede palavras como “e” ou “mas” – algo que já fazia de forma mais ou menos intuitiva e que exemplifico nesta mesma frase.
Já o ponto e vírgula é mais manhoso; apesar de haver um par de situações mais fáceis de perceber. (Sendo que a frase anterior não é uma delas – alguém que me diga, por favor, se bastava uma vírgula.)
Uma utilização clara surge quando há necessidade de separar uma frase comprida onde se estão a enumerar situações com recurso a frases onde já se usam vírgulas. Podem ver, como exemplo, o primeiro parágrafo do meu texto: Sangue, Urina e Kiwis.
A outra é para ajudar a malta a dar a entender que está só na brincadeira:
“Hoje não me apetece nada trabalhar. ;-)”
Aceita-se correcções, sugestões e tudo o mais que venha por bem.
Para quem estiver interessado, encontrei uma explicação bastante simples, apesar de em Inglês, AQUI.