(Des)Mascarada!
Depois das oito horas de trabalho passadas de máscara na cara, chego, finalmente, a casa, deito a FFP2 usada no lixo e… coloco outra no rosto.
Não porque a Perturbação Obsessivo-compulsiva me tenha roubado o juízo de vez – ainda! – mas porque acho fazer sentido andar mascarada quando na presença da minha família.
Todos os dias chego ao trabalho e sei de mais um ou dois colegas que “deram positivo;” porque o cônjuge estava infectado ou porque “a coisa andava complicada na escolinha dos miúdos”. E dou por mim a pensar que talvez o meu sacrifício não seja assim tão ridículo ou desnecessário.
Até porque o meu medo de apanhar Covid não chega aos calcanhares do meu receio de transmitir o bicho aos outros.
Imagem: By Indrajit Das - Own work, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=109553040