Como (Não) Escrever
Há duas certezas absolutas nesta vida: a da morte e a de que não se pode ensinar ninguém a escrever.
Mas raios parta se muitos de nós não vamos prá cova a tentar aprender!
Estas duas recomendações trago-as comigo no bolso há alguns anos e, como sou boa rapariga, pensei partilhar:
Repetições
EVITEM A TODO O CUSTO!
Caso as maiúsculas não tenham sido suficientemente explícitas, as repetições são para evitar como a peste. A menos que estejam a utilizar uma figura de estilo (aliteração, anáfora, etc.), encontrar a mesma palavra - ou derivações da mesma palavra - no mesmo parágrafo ou parágrafos consecutivos remove o leitor da história.
Ler o que acabámos de escrever em voz alta ajuda a perceber se cometemos esta gafe e, sempre que possível, há que reescrever a frase ou, pelo menos, procurar um sinónimo jeitosinho.
Especificidade
Sejam específicos, mas bem específicos!
Isto ajuda a pintar uma imagem mais clara na mente do leitor.
Exemplos:
"Vermelho da cor de um vinho derramado" fica melhor como "Vermelho da cor de um Cabernet derramado"
"O frigorífico era topo de gama" fica melhor como "O frigorífico parecia ser capaz de ter uma conversa comigo"
"O GPS informou-me que tinha chegado ao meu destino" fica melhor como "A senhora que vive no meu telefone disse-me que tinha chegado ao meu destino"
E depois há que mandar lixar as regras e escrever o que quisermos e nos faça felizes. :-)