Body Swap
Tive uma ideia brilhante para uma história! E, quase, no mesmo instante cortei-lhe as pernas.
Depois de me aperceber que todos os filmes que conhecia a envolver trocas de corpos (em Português não soa tão bem, pois não?) eram comédias, pensei que seria interessante experimentar escrever um body swap drama.
Pois ainda não tinha o outline começado e já tinha encontrado um problema grave na parte mais científica da ficção; sem feitiços nem poções, como é que eu explico uma troca de corpos que soe minimamente plausível?
É que a rapariga das ciências que há em mim não se deixa trocar nem por nada. (Viram o que eu fiz aqui?)
Em primeiro lugar, o conceito implica a existência de algo incorpóreo (um espírito) que nos habita e que nos define enquanto indivíduos. Depois, que esse algo possa, sabe-se lá como, migrar para a carcaça “vazia” de outra pessoa e, ainda assim, manter todas as suas memórias e vivências. Que raio de aparelho teria capacidade para tal coisa?
E, escutem, a tentação de deixar o processo de troca por explicar e valer-me de mistérios e CUT TO’s é forte – até porque o resto do enredo quase se escreveu sozinho (algo raro) – mas eu detesto deixar pontas soltas. Até porque, se eu reparei nas inconsistências, o mais provável é que mais alguém repare, também.
Por agora estou a magicar ideias e a pesquisar possibilidades na esperança de encontrar uma que valha a pena perseguir. Qualquer sugestão é muito bem-vinda!
Imagem: By Columbia Publications/Milton Luros - http://www.philsp.com/mags/science_fiction_quarterly.html, Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=45119033