As Outras Letras Pequeninas
Nem todas as letras pequeninas são bem-intencionadas; algumas nascem já com o único propósito de aldrabar os seus insuspeitos leitores.
Foi por isso que, desde o passado dia 25 de agosto, aqueles sete parágrafos do contrato de telecomunicações, em letra tamanho 6 e sem espaçamento entre linhas, que leste na diagonal e que te andam a lixar a vida há meio ano, passaram a ser proibidos.
Tudo quanto é contrato de bancos ou fornecedores de telecomunicações, água, eletricidade, etc., deixa de poder utilizar as chamadas letras pequenas – leia-se com tamanho de letra inferior a 11 ou com menos de 2,5 milímetros.
A intenção é evitar que a malta contrate coelho por um bom serviço. E quem nunca assinou na linha pontilhada depois de pensar “olha, que se lixe, não deve querer dizer nada de especial” que atire a primeira esferográfica.
Se é suficiente para garantir que vais ler todas as páginas do próximo pacote de televisão-internet-e-chamadas que vais contratar? Não. Mas, pelo menos, vai tornar a vida de todos os aldrabões profissionais um bocadinho mais difícil.
Artigo pplware, AQUI
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