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Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

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Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

18 de Novembro, 2024

(Ainda) Sobre Eleições

Inês R.

Ver eleitores a votar contra os seus próprios interesses é muito difícil de aceitar. A vontade de os agarrar pelos ombros, e abanar algum senso comum para dentro daquelas cabeças, chega quase a sobrepôr-se à educação que a minha mãe me deu.

Não seria tão mais fácil se alguém mandasse nisto tudo e decidisse por todos? Alguém honesto e inteligente, que tomasse as decisões mais justas, e se rodeasse apenas das melhores pessoas do universo político?

Não.

Porque essa pessoa não existe. E o que eu descrevi acima é a história da origem de todas as autocracias conhecidas pelo Homem.

Eu dava um dedo (mindinho, vá) para garantir que os resultados de uma eleição democrática continuem a refletir a vontade do povo, mesmo que isso signifique ver partidos das extremas a ganhar terreno às costas do medo e do preconceito.

A solução nunca é retirar dos cidadãos o seu direito ao voto. 

E eu serei sempre a maior defensora deste privilégio, incluindo o dos idiotas maiores de 18 anos que acham que o voto informado é dirigir-se às urnas de fato e gravata. Só não tenho que os respeitar enquanto seres humanos.

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