(Ainda) Sobre Eleições
Ver eleitores a votar contra os seus próprios interesses é muito difícil de aceitar. A vontade de os agarrar pelos ombros, e abanar algum senso comum para dentro daquelas cabeças, chega quase a sobrepôr-se à educação que a minha mãe me deu.
Não seria tão mais fácil se alguém mandasse nisto tudo e decidisse por todos? Alguém honesto e inteligente, que tomasse as decisões mais justas, e se rodeasse apenas das melhores pessoas do universo político?
Não.
Porque essa pessoa não existe. E o que eu descrevi acima é a história da origem de todas as autocracias conhecidas pelo Homem.
Eu dava um dedo (mindinho, vá) para garantir que os resultados de uma eleição democrática continuem a refletir a vontade do povo, mesmo que isso signifique ver partidos das extremas a ganhar terreno às costas do medo e do preconceito.
A solução nunca é retirar dos cidadãos o seu direito ao voto.
E eu serei sempre a maior defensora deste privilégio, incluindo o dos idiotas maiores de 18 anos que acham que o voto informado é dirigir-se às urnas de fato e gravata. Só não tenho que os respeitar enquanto seres humanos.