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Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

30 de Dezembro, 2024

Previsões Para o Novo Ano

Inês R.

20__ será o seu ano!

Entre as muitas viagens para __________ (país, cidade, aldeia, rua) e o dinheiro esbanjado em __________ (despesa mensal), terá, ainda, tempo para começar a pensar naquele projeto do/a __________ (divisão de casa) que está há __________ (número até 10) anos a prometer à família e a comentar com o vizinho.

A sua relação estará mais __________ (adjetivo de força) que nunca e ficará claríssimo que são __________ (adjetivo hiperbólico) um para o outro.

Sim, aquele/a ___________ (sinal/sintoma que tem estado a ignorar) precisa de ser visto/a por um médico - mesmo que não seja nada! - e pintar o cabelo de __________ (cor primária ou secundária) vai chamar a atenção de familiares e amigos. Se não foi __________ (verbo na voz passiva) pelo patrão nem acabou de fazer __________ (década de vida) anos, então, prepare-se para atender muitos telefonemas de pessoas com quem não fala desde antes da pandemia.

Em geral, o seu ano será um/a grande __________ (substantivo usado na gíria) e o futuro trará apenas coisas __________ (adjetivo de qualidade)!

23 de Dezembro, 2024

Votos de Uma Boa Quarta-Feira!

Inês R.

Porque, sim, muitos de nós vamos ficar em casa a comer e a beber, digo, a celebrar o dia de Natal, mas uma porção significativa da população estará a trabalhar no próximo dia 25 de Dezembro.

São trabalhadores dos serviços básicos, como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de farmácia e todos os técnicos de diagnóstico e terapêutica, pessoal administrativo, auxiliares médicos, bombeiros, paramédicos, agentes da autoridade e da proteção civil; mas também todos aqueles que garantem que tenhamos, efetivamente, um Feliz Natal, como cozinheiros, padeiros, empregados de mesa, rececionistas, camareiros, voluntários, jornalistas e todos os que trabalham em televisão e rádio, pilotos de avião, comissários de bordo e toda a malta que faz o aeroporto funcionar, motoristas e taxistas, seguranças, funcionários de estações de serviço, músicos e os seus respetivos técnicos, etc..

A toda esta malta que celebre o dia, segue um abraço muito forte para a ajudar a suportar a ausência da família (ou os parabéns por a terem conseguido evitar), e, a todos os outros, desejo uma quarta-feira de trabalho agradável, sem clientes chatos nem utentes mal-educados, e que consigam chegar a casa a tempo de comer uma filhós ou uma fatia de Bolo Rei, que eu não aprecio, mas não sou de julgar gostos alheios.

16 de Dezembro, 2024

Carta Aberta ao Pai Natal

Inês R.

Querido Pai Natal,

Sim, vou querer as habituais meias fofinhas e a caixa de After Eight's debaixo da árvore, mas, este ano, peço-lhe um bocadinho mais de esforço. Não o peço apenas para mim e para os meus, mas para todos.

Aqui segue a minha lista de pedidos para este Natal, que venho a compilar desde o início do ano:

- Empatia - sabe, aquela característica humana que agora parece mais fácil de encontrar noutros mamíferos? (Iniciativa Europeia Contra "Terapias" de Conversão);

- Discernimento - tanto para a vida online (Sexting Para Totós) como para vida em geral (Em defesa dos não-problemas);

- Solidariedade - porque não devia ser o caso, mas, infelizmente, muita gente depende dela (Água Potável no Sapatinho);

- Decência - para relembrar a malta que ser boa pessoa é mais do que fazer like numa publicação sobre golfinhos (Sobre Consentimento e Falácia do Espantalho);

- Racionalidade - sou bué fã de emoções, mas a razão bate forte cá dentro (Sobre Frangos e Sobre Dias Quentes);

- Sentido de Humor - porque rir, não sendo, de fato, um remédio, costuma mesmo ser o melhor (Regras de Trânsito em Português Corrente e Quem Me Dera Ser Bactéria).

Obrigada, desde já, pela ajuda!

Sem mais assunto,

Inês

09 de Dezembro, 2024

Água Potável no Sapatinho

Inês R.

Há uns anos, escrevi um pequeno conto de ficção científica sobre um mundo futuro onde a escassez de água a faria ser racionada, ao ponto de ser atribuída a cada cidadão uma quantidade específica por dia.

Não retiro qualquer prazer da exatidão da história; fico, antes, profundamente entristecida pelo fato desse futuro já nos ter chegado há muito.

"Vidas em risco no Congo: MSF alerta para surtos de doenças mortais, água e saneamento são imperativos urgentes" - Link no Sapo

Existem milhares de milhões de pessoas em todo o mundo com falta de acesso a água potável.

Falta água para beber, para cozinhar, para a higiene, para os sistemas sanitários, e a que existe está, frequentemente, contaminada e na origem de surtos de doenças perigosas como a cólera.

Para além das mudanças políticas, são necessários apoios urgentes. Para quem o puder fazer, e em especial nesta época festiva, deixo os contatos abaixo para umas compras de Natal menos vistosas, certo, mas muito mais satisfatórias.

Médicos Sem Fronteiras 

Water.org

02 de Dezembro, 2024

Rapaz Conhece Rapariga (no Natal)

Inês R.

Está aberta a época dos filmes românticos de Natal!

E há-os para todos os gostos; para quem quer ver dois desconhecidos de classe média a apaixonarem-se numa pequena cidade do interior durante a época festiva, para quem gosta de histórias de amor entre ex-namorados de classe média que se reaproximam durante as férias de Natal de volta à sua cidade natal, e até mesmo para os que apreciam romances passados entre cafés e casas de família espetacularmente decorados e onde os protagonistas de classe média descobrem os seus sentimentos debaixo do azevinho.

Ok, o sarcasmo pinga do parágrafo acima qual esgoto de ar condicionado virado para um passeio movimentado: de forma descarada e, simultaneamente, envergonhada.

Porque, sim, sou rapariga para ver uns quantos, mas não para o admitir em público. (Digo, onde sou conhecida como mais do que uma cadelinha de chapéu às riscas.)

As histórias são previsíveis, e, frequentemente, aborrecidas, e os atores, por melhores que sejam, não conseguem fazer milagres com o diálogo que lhes apresentam, contudo, todavia, porém, estes filmes continuam a ser produzidos porque, bem, porque têm audiência.

É tão simples quanto isto. 

Pessoalmente, gosto de saber que o final feliz é garantido e que posso desligar o cérebro por uma hora e vinte e chegar ao outro lado com uma sensação de leveza que o mundo real faz trinta por uma linha para me roubar.

Se os há que me deixam danada por ter perdido o meu serão a ver palha? Há, sim senhora. Mas, frequentemente, consigo identificá-los ali ao minuto 15 e abandoná-los ainda a tempo de escolher outra história para onde viajar.

E que venham de lá as moças e moços de corpo perfeito e cabelos impecáveis que a gente agradece!