Final Feliz Garantido
Ou a razão pela qual eu gosto de comédias românticas (e certos homens leem os clasificados do Correio da Manhã).
É que eu aprecio, verdadeiramente, saber que aquela personagem "focada na carreira" e a outra "que não está à procura de amor" vão conhecer-se por acaso e, apesar de não fazerem grande sentido como casal, vão (eventualmente) perceber que são perfeitas uma para a outra e "viver felizes para sempre".
Certo, preciso que a história - que já foi contada, literalmente, milhares de vezes - seja apresentada de forma original, que os atores sejam capazes, e que o guião esteja bem escrito, mas, de resto, que venham de lá esses clichés!
Agora, se me torcerem o braço, direi que a minha irritaçãozinha de estimação são as histórias cujo conflito depende exclusivamente de mal-entendidos. Sabem, quando todo o argumento deixaria de fazer sentido se os protagonistas simplesmente tivessem uma conversa?
"Porque é que me odeias?"
"Eu não te odeio. Tu é que me detestas."
"Não. Eu sempre gostei de ti!"
"Olha, eu, também!"
Fim
Ainda assim, sou rapariga para admitir que não há grandes exemplos recentes de boas rom-coms, apesar de ter gostado bastante de Bros, mas quem nunca viu um When Harry Met Sally ou um Notting Hill que atire a primeira pedra.