Verdes, digo, Boas Festas!
Olhei para o Sapoblogs
Estava deserto
Vi que o último post
Tinha sido há uma beca
Deitei-me no sofá
Estiquei-me ao comprido
Perdido por cem
Perdido por mil!
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Olhei para o Sapoblogs
Estava deserto
Vi que o último post
Tinha sido há uma beca
Deitei-me no sofá
Estiquei-me ao comprido
Perdido por cem
Perdido por mil!
"There's a crack, a crack in everything / That's how the light gets in."
Anthem, de Leonard Cohen
As palavras chegaram-me como uma frase solta, muito antes de saber que eram versos de uma canção do desaparecido Leonard Cohen, e disseram-me o suficiente para as escrever um pedaço de papel e colá-las onde as pudesse ver da minha secretária.
"Há uma fissura em tudo. É assim que a luz entra."
O que quer propor que, apesar sermos seres imperfeitos a viver num mundo imperfeito, há sempre a esperança de que tudo corra bem; que até as situações mais feias se podem tornar belas, se as soubermos olhar do ângulo certo.
E se nem sempre é fácil ver este lado positivo das coisas, é também da natureza humana fazê-lo.
Por isso mesmo, vemos celebrar as pequenas vitórias no seio de grandes tragédias e retirar lições de vida à subida do fundo do poço.
E aqui fica a lembrança que "não há noite tão longa que não encontre o dia," desta feita pelas palavras de um tal senhor Shakespeare - que também adornaram as paredes do meu quarto.
Curiosamente, a inspiração para este texto veio da canção "Leonard Cohen" das Boygenius, banda que tenho ouvido muito este ano, e não da canção que a inspirou.
"Caras crianças, venho por este meio informá-las da minha decisão de terminar, de forma unilateral, o contrato verbal efetuado convosco e que tenho vindo a honrar de há uns séculos a esta parte."
Foi assim que o mundo recebeu a notícia: em choque e com a certeza de que a carta foi escrita por um advogado.
À hora de fecho desta edição, ainda não tínhamos conseguido chegar à fala com o próprio, mas fontes próximas da Lapónia confirmam que "o velho já não está pra isto".
Contrariamente ao pressuposto, a visita aos milhões de casas numa única noite não é conseguida apenas "por magia" e involve um esforço logístico cada vez maior. "Só em papelada e taxas aduaneiras é uma dor de cabeça," confidenciou um dos elfos, que preferiu permanecer no anonimato por medo de quebrar a cláusula de confidencialidade do contrato coletivo de trabalho a que está sujeito.
Na anterior época festiva, correram rumores de que a Senhora Natal estaria a pressionar o marido a conseguir a reforma antecipada para ambos poderem gozar os seus "últimos anos bons" numa caravana pelo barlavento Algarvio, boatos esses que o seu agente depressa veio a público desmentir.
Há, no entanto, uma ruidosa fação que insiste que o Homem de Vermelho está, propositadamente, a boicotar as festividades como forma de protesto às últimas... décadas da Humanidade.
Seja qual for a razão, este Natal será o primeiro, desde há muito tempo, sem quaisquer presentes debaixo da árvore* e parece a esta redação que 2023 marcará o fim de uma era.
*Isto, claro, sem contar com as prendas que compramos uns aos outros, ou com as casas onde já não havia a possibilidade de as comprar, e excluíndo quem não segue esta tradição. Mas, ainda assim, vai ser chato.
É o nome da filarmónica cá da terra, é um feriado importante (e, frequentemente, conveniente) e é o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA.
Porque, felizmente, já não é uma sentença de morte, mas ainda não tem cura e é uma doença crónica que precisa de ser monotorizada e que traz consigo um pesadíssimo estigma.
À falta de uma vacina, temos disponíveis medicamentos que consegue manter a carga viral tão baixa que um indivíduo seropositivo não tem hipótese de transmitir a doença e até medicação de profilaxia para todos os que possam, potencialmente, contatar com o vírus, impedindo-os de contrair a infeção.
Segundo um artigo que li AQUI mesmo no Sapo, os casos têm aumentado recentemente entre "homens que têm sexo com homens em idades muito jovens," havendo "também transmissão heterossexual em faixas etárias acima dos 50 anos".
Contudo, a sociedade ainda se comporta como se este diagnóstico fosse um castigo por um suposto crime moral e, portanto, merecido. Não. O vírus não tem preferência de hospedeiro e não discrimina ninguém.
Há, portanto, que informar, informar, informar, e fazer do preservativo (e do sexo seguro em geral) o novo melhor amigo do Homem.
E, para começo de conversa, aqui ficam duas sugestões, num tom mais leve (mas igualmente informativo):