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Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

Em Letras Pequeninas

Podem tirar a rapariga da farmácia, mas não podem tirar a farmácia da rapariga. Salvo seja…

31 de Janeiro, 2022

Então, E Este Tempo?

Inês R.

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Do alto da confiança que os meus 17 anos me traziam, eu achava que sabia tudo o que havia para saber sobre a vida; relações interpessoais são melhores quando evitadas, boa música era, apenas e só, aquela que eu ouvia, e conversa fiada era a forma mais baixa de comunicação verbal.

Imaginem só se eu ia desperdiçar minutos preciosos do meu tempo a falar do tempo?

Mas, depois, quis a vida que eu passasse a minha atrás dos mais variados balcões durante, pelo menos, oito horas ao dia, e, adivinhem lá, qual foi uma das primeiras lições que eu aprendi: a conversa de conveniência não é só conveniente, é fundamental.

Para começar, é o melhor quebra-gelo do mundo. Não tem nada de controverso (desde que não se apanhe um negacionista das alterações climáticas), é à prova de totós, e não há hipótese nenhuma de correr mal.

Serve para dias quentes, frios, de muita ou pouca chuva, ventosos, estranhos, e, quando tudo isto falha, podemos sempre comentar o “rico tempo que temos tido”.

E ao balcão de uma farmácia, serve ainda para trazer um pouco de normalidade a momentos mais difíceis.

Por tudo isto, o meu conselho é sempre este: na dúvida, falem do tempo.

Imagem: By "Four Seasons - Longbridge Road" by joiseyshowaa is licensed with CC BY-SA 2.0 - https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0/, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=101883545

20 de Janeiro, 2022

(Des)Mascarada!

Inês R.

960px-Plastic_Masks_01.jpg

Depois das oito horas de trabalho passadas de máscara na cara, chego, finalmente, a casa, deito a FFP2 usada no lixo e… coloco outra no rosto.

Não porque a Perturbação Obsessivo-compulsiva me tenha roubado o juízo de vez – ainda! – mas porque acho fazer sentido andar mascarada quando na presença da minha família.

Todos os dias chego ao trabalho e sei de mais um ou dois colegas que “deram positivo;” porque o cônjuge estava infectado ou porque “a coisa andava complicada na escolinha dos miúdos”. E dou por mim a pensar que talvez o meu sacrifício não seja assim tão ridículo ou desnecessário.

Até porque o meu medo de apanhar Covid não chega aos calcanhares do meu receio de transmitir o bicho aos outros.

Imagem: By Indrajit Das - Own work, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=109553040

02 de Janeiro, 2022

Estão Cordialmente Convidados

Inês R.

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O Em Letras Pequeninas faz hoje um ano!

O que significa que não faz a mínima ideia do que se está a passar à sua volta; os balões são giros e tal, mas, convenhamos, a festa é prá “mãe”. Até porque fui eu que fiz toda a “parte difícil”.

Fui eu que gerei e pari todos os 78 textos – incluindo os que foram adaptados de originais meus em Inglês – e acho indecente que os presentes sejam todos pró blog…

Ao menos deixem-me soprar a vela figurativa – que ainda estamos de pandemia, gente! – com o menino ao colo e sorrir prá fotografia.

Vá, parabéns. Que contes muitos e que estejamos todos cá pra te ver pró ano, meu malandro.

Imagem: By Juliescribbles - Own work, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=108765177